E, como em todo fim de ano, começamos a nossa própria retrospectiva. E é interessante o fato de que registramos muito mais e melhor os acontecimentos ruins. Tristezas, decepções, desencantos, perdas... Não que sejamos incapazes de pontuar momentos bons, mas parece que pontos negativos possuem uma âncora que se agarra à mente e impede que este barco de tristezas se vá. Isso é inerente ao ser humano, pelo menos em sua maioria.
Algumas pessoas mais "pollyanizadas" conseguem ver o lado bom de tudo, até em uma desgraça. Sinceramente, nem sempre estou no clima de Pollyanna. Às vezes quero chorar mesmo, ficar aborrecida, desacreditar na vida... Não dá para mentir o tempo todo, principalmente para nós mesmos. Mas quero tentar, a cada passo, olhar o que cada revés pode me ensinar, o que posso tirar de positivo. É uma tarefa fácil? Absolutamente NÃO! Mas, se é para começar um ano novo, que seja tentando coisas novas.
Aprender com os erros, valorizar o aprendizado em toda e qualquer situação, ser mais gentil, superar seus próprios limites... Quem nunca pensou em fazer isso? Pois foi assim que, na minha faxina mental, resolvi "repaginar" minha sala de projetos mentais. Pintei com cores vibrantes e alegres, pendurei quadros com borboletas e flores, troquei as cortinas e abri as janelas para deixar entrar a brisa do novo ano. Dessa forma, vou procurar pontuar e registrar cada conquista. Só pelo fato de querer manter na memória aquilo que me trará esperança.Feliz Ano Novo para todos!