domingo, 22 de novembro de 2009

Ciúmes ou zelo?

Lembra de quando você era criança e daquele dia em que ganhou um presente que esperava há tanto tempo? Pois é, eu me lembro... Lembro bem o dia em que vi uma "estrela cadente" e fiz um pedido: pedi aquela boneca que todas as minha amigas tinham, mas era cara demais pra mamãe comprar. Mas, pedi assim mesmo. E nunca vou me esquecer do dia em que completei nove anos. Acordei com a voz de mamãe me cantando "Parabéns pra você..." e uma caixa de presentes bem ao meu lado. Ainda tonta de sono, abri a caixa, louca de curiosidade e lá estava ela: a minha boneca tão sonhada!  Como fiquei feliz! Daí em diante, você pode imaginar como me comportei: não desgrudava da boneca de jeito nenhum. Era uma uma luta até pra tomar banho! Ela tinha que estar perto de mim. Eu tinha um cuidado imenso com ela, como qualquer criança...


Crescemos ouvindo coisas do tipo "aprenda a dividir", "não seja egoísta", "deixe seu coleguinha brincar com você!". Para uns, funciona, mas para outros não é tão fácil assim. Que nome podemos dar a esse sentimento? Zelo? Cuidado? Ciúmes? Egoísmo?


O fato é que durante a infância, até fazemos o que nossos pais mandam, pois sabemos que,caso contrário, receberemos castigo, certo? Então, vamos cultivando, mascarando certos sentimentos dentro de nós que serão revelados mais tarde. À medida que vamos adquirindo posses, esses sentimentos vão crescendo e aquilo que você chama de "zelo", na verdade, não passa de "ciúmes". Eu sei, nós nunca admitimos que somos ciumentos, pois este é um sentimento ruim. Em um relacionamento, ele funciona como o sal: uma pequena quantidade não faz mal, tempera o amor. O problema é quando o saleiro derrama! O ciumento e seu "alvo" vivem em momentos extremos de conflitos e tensão. O ciúme mata a alma, mata o amor e mata, no sentido literal da palavra. Quantos crimes passionais temos visto acontecer, muitas vezes por motivos tolos, por ciúmes infundados? Enquanto o zelo cuida e quer o melhor para o outro, o ciúme aprisiona, amedronta, ameaça... O Ciumento é prisioneiro de si mesmo, não consegue viver em paz com seus pensamentos.


 



 


Ah! Lembra da boneca? Pois é, um belo dia, ao voltar da escola (tinha doze anos, mais ou menos), procurei pela minha boneca e não encontrei. Fiquei desesperada! Até que mamãe disse que recebeu a visita de uma amiga e sua filha, que ficou encantada com a boneca. E mamãe, vendo a felicidade no rosto da menina, deu-lhe a minha bonequinha... No momento em que ouvi isso, fui para o quarto e chorei... como chorei...


Mas, depois de um tempo percebi que eu já havia sido muito feliz, e agora, outra criança estava sentindo a mesma felicidade que eu sentia ao brincar com aquele brinquedo. Acho que essa foi uma das grandes lições que aprendi na vida: às vezes, é preciso abrir mão daquilo ou de quem se ama para que ambos sejam felizes e livres. Então, descobrimos o que é o amor: nele, não há lugar para o ciúme, visto que o amor é paciente, altruísta, deseja a felicidade da pessoa amada acima de tudo.


Talvez devamos aprender que as pessoas não são brinquedos que podemos usar e guardar longe dos olhares dos outros, só porque “nos pertencem”. Talvez você concorde comigo, ou não... Mas foi o que eu aprendi e estou aprendendo dia a dia: é preciso libertar quem se ama para ser igualmente livre.


Um beijo a todos!


 


Claudiane Corrêa


 


           

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Difícil, mas necessário...


Aprender a Perdoar


 


Se eu pudesse provar
Que o meu coração
Tão sozinho implora
Sempre o Seu perdão
Preciso de você perto de mim



Queria tanto Te dizer: não olhe pra trás
Mas sei que os seus olhos
Já não brilham mais
Se me esqueceu
Estou aqui e sou capaz de te mostrar



Que pra ser feliz
Vai ter que aprender a perdoar
Sem ter medo de recomeçar
Acreditar que, enfim,
Podemos unir nossos corações
Ao vivermos juntos
Um grande amor


terça-feira, 17 de novembro de 2009

SOU FÃ DESSE CARA!

As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina seu caráter. A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é... A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem quando vai embora... A reputação é feita em um momento. O caráter é construído em uma vida inteira... A reputação torna você rico ou pobre. O caráter torna você feliz ou infeliz... A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus. Arnaldo Jabor

sábado, 14 de novembro de 2009

(Re) Aprendendo a confiar

“Confia no Senhor... Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e Ele o fará”. Salmo 37.3-5


Folheando as páginas da Bíblia, podemos encontrar diversas passagens que nos ensinam (e exortam) a confiar no Senhor. Também não são poucos os exemplos de personagens bíblicos que confiaram no Senhor e lograram êxito em suas vidas. Mas por que é tão difícil “confiar totalmente” nos dias de hoje? 
Quando eu era criança, costumava brincar de “cabra-cega” onde meus olhos eram vendados e tinha que seguir as instruções de uma outra criança, de quando seguir, pra onde ir, quando parar ou recuar. Eu não sabia o que estava fazendo, mas tinha que confiar no meu amiguinho. Sabia que poderia bater em algum lugar, tropeçar, cair, me machucar... mas confiava meus passos ao meu amigo. Será que hoje eu brincaria assim, com tanto desprendimento?
            Outra brincadeira de criança que faço com meu sobrinho é aquela em que ele fica de costas para mim e, ao meu sinal, se joga para trás e se deixa cair em meus braços. Pra ele, é só uma brincadeira; pra mim, é uma lição de vida. Para se lançar dessa forma, é preciso crer plenamente que a outra pessoa vai te segurar. Não dá pra “confiar parcialmente”. Nesse caso, ao se lançar, você acaba dando um passo atrás. Então, já não é mais confiar, é um “des-confiar”.

            Davi sabia o que era confiar em Deus e mostrou isso ao enfrentar Golias. A confiança que ele tinha no Senhor o fez maior que o gigante e conseguiu vencê-lo.

            Josué também demonstrou grande confiança no Senhor ao assumir a liderança de um povo e ter que conduzi-los à vitória. Aos olhos humanos, era impossível destruir toda uma cidade apenas ao som de trombetas e gritos, mas ele confiou no Senhor, ainda que para ele parecesse impossível.
            Poderíamos citar tanto outros exemplos, como Abraão, Moisés, José, “o sonhador”... Todos confiaram em Deus e viram o cumprimento daquilo que Ele os havia prometido. Bastou confiar.
            Quando se é criança, é tão fácil confiar. E Jesus nos ensina que devemos ser como tais (Mt 18.3-5; 19.14), porque ser criança é ser dependente. Deus, nosso Pai, deseja que nós sejamos dependentes dele em tudo, sabendo que Ele supre nossas necessidades em glória (Fp 4.19). Talvez a nossa maior dificuldade seja essa: entregar TUDO a Deus e DESCANSAR nele. A ansiedade natural do ser humano, às vezes, fala mais alto e sempre tentamos dar ma “ajudinha” a Deus. Isso é “dar um passo atrás!” Deus nunca vai nos decepcionar, não vai nos deixar cair, portanto, não há porquê temer! Ainda que pareça impossível aos nossos olhos carnais e limitados, ainda que pareça estar demorando demais, devemos confiar na bondade e no seu cuidado para com seus filhos. Nossa visão é limitada, mas Deus vê lá na frente. Ele sabe o momento certo para fazer cumprir Sua vontade em nós. Ele é soberano, e sua vontade é boa, perfeita e agradável (Rm 12.3b). E se pedirmos algo que seja de acordo com a Sua vontade, temos a plena certeza de que Ele nos ouvirá (1Jo 5.14)! Como um pai zeloso, Ele procura sempre nos dar o melhor, não importando quanto tempo seja preciso para que o bom se torne o melhor para nós. Entendamos o tempo de espera como cuidado de Deus.
            Quando aprendermos a “brincar” com Deus, deixando que Ele guie nossos passos, ou simplesmente nos lançando em Seus braços, a paz nos invadirá de tal forma que há de suprimir toda a ansiedade. É aprender a ser criança, ser dependente do pai, sabendo que estaremos seguros em seus braços e que ele não vai te deixar cair.
            E, uma vez nos braços do Deus, tudo mais se torna pequeno e, então, saberemos o verdadeiro sentido de confiar e descansar na Sua vontade.


Claudiane Corrêa Barrozo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Para meditar...

Olá! Estava pensando na minha vida, fazendo uma retrospectiva e vi muitas coisas das quais não gostei... Muitos momentos  e situações em que poderia ter agido de maneira diferente, o que certamente mudaria a situação em que me encontro hoje. Não posso dizer que estou "saltando de alegria", "nadando num mar de rosas (sem espinhos, claro!)", mas sei que TUDO ISSO VAI PASSAR. Aprendi essas palavras com uma amiga e outro dia posto aqui a origem dessa expressão.

O fato é que, ao olhar para trás, acabei me lembrando de uma música que eu cantava muito. E ao lembrar dela, comecei a chorar e tive a certeza de que Deus está comigo, apesar de tudo, e que seu Espírito está intercedendo por mim... Quero compartilhar essa música com vocês. Espero que gostem e sejam igualmente edificados, assim como eu fui.

 



Espírito de Deus


Lauriete


Eu preciso dar um jeito em minha vida,
Que está cheia de questões mal resolvidas.
A incerteza tomou conta da minha mente,
Eu não sei o que fazer daqui pra frente.


Eu preciso te sentir a qualquer preço,
Oh! Senhor, tu falas que eu te obedeço.
Tua ausência é pior do que a morte
Mas contigo é na fraqueza que sou forte.


Quero ouvir a tua voz e quero caminhar,
Por caminhos que me levam pra junto de ti.
Quero ouvir a tua voz, então profetizar.
Milhões de bênçãos pra mim


Eu não quero ser guiada pela emoção,
Mas guardar Tua palavra em meu coração.
Não quero errar, nem te entristecer,
Oh! Espírito de Deus.