segunda-feira, 28 de março de 2011

Carvão

Surgiu como um clarão


Um raio me cortando a escuridão


E veio me puxando pela mão, por onde não imaginei seguir


Me fez sentir tão bem, como ninguém


E eu fui me enganando, sem sentir


E fui abrindo portas sem sair, sonhando às cegas, sem dormir


Não sei quem é você...



O amor, em seu carvão, foi me queimando em brasa no colchão


E me partiu em tantas pelo chão


Me colocou diante de um leão


O amor me consumiu, depois sumiu


E eu até perguntei, mas ninguém viu


E fui fechando o rosto sem sentir


E mesmo atenta, sem me distrair


Não sei quem é você...


No espelho da ilusão, se retocou pra outra traição


Tentou abrir as flores do perdão


Mas bati minha raiva no portão


E não mais me procure sem razão


Me deixe aqui e solta a minha mão


E fui fechando o tempo, sem chover


Fui fechando os meus olhos pra esquecer


Quem é você...


Quem é você?

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