Aquele parecia ser um dia como outro qualquer. Estava tudo igual. Levantou-se da cama, tomou seu café fraco com torradas, trocou a água do cachorro e pôs um pouco mais de ração para ele. Tomou nota: "Preciso marcar o veterinário para Athila. Ele quase não está se alimentando... alguma coisa está errada". Pregou o lembrete na geladeira, afagou o cão e se preparou para sair.
Durante o percurso habitual, apanhou sua agenda e conferiu as atividades do dia. Este prometia ser cheio... "Nossa! Hoje é o aniversário da minha mãe!", lembrou, e imediatamente ligou para ela do seu celular. Neste momento, sentiu um solavanco anormal no ônibus e antes que pudesse entender o que estava acontecendo, viu tudo rodar e, em seguida, escurecer...
Atordoada e com uma forte dor de cabeça, abre os olhos, que ainda anuviados lhe indicam que está em um hospital. Olha ao redor, máquinas e leitos, aquele cheiro característico de um ambiente hospitalar... mas por quê? O que estava acontecendo? Tentou chamar alguém, mas a voz não saía. Tentou se levantar, mas na primeira investida, sentiu seu corpo como que se partindo ao meio. Alguma coisa muito grave aconteceu, mas não sabia exatamente o quê. Neste momento, uma enfermeira entra no quarto para aplicar sua medicação. Vendo sua agitação, a enfermeira tenta acalmá-la dizendo que ela havia sofrido um grave acidente, mas que agora estava fora de perigo, mas sua recuperação seria lenta. Ainda sem saber o que pensar, mais alguém entra no quarto. Uma mulher alta e visivelmente transtornada aproxima-se da sua cama e, chorando, a chama de filha.
"Filha"? Quem é essa mulher? O que está acontecendo, afinal?
Nenhum comentário:
Postar um comentário