erto qual é, mas vai assim mesmo, simplesmente porque confia que ela lhe deseja o melhor. Você caminha de mãos dadas, mil coisas boas passando pela sua cabeça, planos e planos, sonhos, projetos... mas, de repente, a caminhada pára diante de um porta. Com um olhar enigmático, ao mesmo tempo sereno e firme, seu companheiro de caminhada, então, abre a porta e o faz passar por ela. Sem entender bem o que está acontecendo, o coração batendo forte e descompassado, você passa pela porta e a vê fechando-se atrás de si.Parado e absorto diante da porta fechada, você começa a gritar, a chorar e a bater desesperadamente, a espera de uma resposta, com a esperança de que a porta se abra e que esse pesadelo tenha fim. Então, após dias e dias a bater à e na porta, você finalmente resolve virar-se e seguir sua vida. Só, desiludido, perdido em si mesmo, em sua mente, milhões de fatos, palavras e promessas voando e revirando-se num turbilhão. Ao levantar os olhos, vê diante de si uma estrada longa, muito diferente daquela por onde andava outrora. Não há flores, nem pássaros, está chovendo e o céu está totalmente negro. E nesse cenário de dor e desilusão, você dá um passo após outro. O pensamento longe, tentando entender como tudo aconteceu, tentando encontrar um porquê para o que está acontecendo...
Pronto! Você acorda e se encontra em seu quarto, na sua cama, na segurança da sua casa. Olha pela janela e vê um dia ensolarado surgindo, os pássaros cantam e tudo parece estar no seu devido lugar. Ufa! Que sonho esquisito...
Ao levantar-se, abre a porta e vê diante de si uma estrada longa. Não vê flores, nem pássaros; uma garoa fina insiste em cair, céu cinza. À beira da estrada, um placa indica: "Inverno do meu ser". E ainda sem se dar conta do que está acontecendo, inicia a caminhada... Na mente, a canção: "A porta fechada me lembra você toda hora... a hora me lembra o tempo que se perdeu... perder, é não ter a bússola..."
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