Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão, por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando, sem sentir
E fui abrindo portas sem sair, sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você...

O amor, em seu carvão, foi me queimando em brasa no colchão
E me partiu em tantas pelo chão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você...
No espelho da ilusão, se retocou pra outra traição
Tentou abrir as flores do perdão
Mas bati minha raiva no portão
E não mais me procure sem razão
Me deixe aqui e solta a minha mão
E fui fechando o tempo, sem chover
Fui fechando os meus olhos pra esquecer
Quem é você...
Quem é você?

