quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Post mortem

Antes de qualquer coisa, gostaria de esclarecer que:

  1. não vou cometer suicídio

  2. não pretendo abrir agência funerária

  3. não estou sob efeito de droga alguma


          Bom, agora posso começar. Estava assistindo a um programa de TV onde se fazia homenagens a um artista que faleceu. Várias pessoas falavam sobre sua carreira, sua vida pessoal, relembravam fatos da sua vida como marido, amigo, colega de serviço... Enfim, tudo aquilo que nós costumamos ver em velórios. Daí, dando asas à imaginação, fiquei pensando... como seria meu velório? Se nos fosse permitido assistir a cerimônia, o quê e quem gostaríamos de ver, de ouvir? Quem estaria lá ou quem não estaria?

          Nessa "viagem", comecei a planejar minha cerimônia fúnebre. Primeiro, nada de tristeza. Quero um culto alegre. Chamem meus amigos de colégio, de trabalho... Bastante gente, dá uma moralzinha para essa pobre mocinha, né? Uma música que não poderia faltar é "Grande é o Senhor" (Adhemar de Campos), minha favorita. Fora isso, meus primos teriam que cantar uma música, também. Poderia ser "Brilhante", "Meu querer"... Rogéria, minha amiga, poderia fazer um vídeo com nossas fotos e com fotos de outros amigos, a música seria "O poder de uma aliança" (Ludmila Ferber). Quem sabe ela até cantasse... Não quero que meus sobrinhos estejam lá. Quero que se lembrem da titia doida que pintava o sete com eles, não aquela coisa parada, gelada, diferente de quem eles conheceram. Mas meus irmãos têm que contar coisas engraçadas que eu fiz, fatos da infância, "micos" que paguei, as coisas que aprontei...Isso não pode faltar! Certamente, se eu estivesse assistindo, estaria me divertindo muito! Sei que parece estranho rir em um velório, mas lamentar não vai mudar a situação. Estarei num lugar maravilhoso esperando o grande dia onde estaremos todos juntos... É uma questão de tempo.

          Outra coisa importante é sobre a minha aparência. Primeiro: minha franja tem que estar bem arrumada. Pelo menos a franja tem que estar escovada e meu rosto com uma maquiagem sóbria, mas bonita. Não quero flores me cobrindo até a cabeça, POR FAVOR! Dá aflição só em pensar! Quanto à roupa, nada em especial. Só uma coisa: sapato fechado.  Pensando bem, podem me colocar uma camisete com gravata. Gostei desse look, ficou maneiro, "sussa"!

          E, para finalizar, os hinos alegres e tudo mais, já no cemitério, cantem "Vou estar lá" (Voices). Acabou. Todos vão para suas casas, mas só peço que cuidem da minha mãe. Rogéria, principalmente. Não desprezando os demais, mas seria muito importante para mamãe o apoio e companhia dela.  Quanto às minhas coisas, que não são nada, podem fazer o que quiserem. Mas só autorizo mamãe e Rogéria a mexerem nas minhas coisas. Só elas vão entender minhas bagunças (rsrsrsrsrs).

          Depois dessa leitura tão "divertida", a gente pára e pensa na fragilidade da vida. Morte é igual gripe: uma hora ela pega alguém. A diferença é que para a gripe há cura, ela pode te "pegar" várias vezes. A morte é inevitável e é a coisa mais justa que há: não importa se é pobre ou rico, branco ou negro, criança ou velho... Basta estar vivo. A Bíblia diz que 'Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos (Salmos 116:15)". O sentido do termo "preciosa" é "que custa muito". De fato, para Deus custa muito a morte de alguém do seu povo. Nem mesmo Deus está alheio ao nosso sofrimento, Ele entregou seu Filho e sabe a dor da perda. Mas nunca podemos esquecer que temos um Consolador que estará conosco em todo tempo. A morte é uma realidade inevitável. Devemos sempre estar preparados para ela. Uma vez, minha diretora e amiga precisou dar a notícia a uma aluna de que seu melhor amigo havia morrido. Em sua sabedoria, ela disse que Jesus estava preparando casinhas para todas as pessoas da terra lá no céu. E à medida em que a casa ficava pronta, ele chamava o dono da casa para habitá-la. Minha casinha está sendo preparada. Só não sei quando receberei as chaves e a escritura. Mas Deus sabe.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Para refletir...

 


"A pressa é o tempo da perda"


 


Fonte: camisa de alguém que passou por mim na rua

sábado, 22 de janeiro de 2011

Plantando rosas

O que você pensa quando sonha com flores? Já parou para pensar nisso? Pode significar muitas coisas, e cada planta tem um significado diferente e específico. Você ficaria espantado se parar para pesquisar! É cada coisa! Sabia que repolho (!!!) significa ciúmes à vista? Daí pode-se imaginar outras esquisitices...

Bom, mas não é sobre isso que quero falar. Outro dia, sonhei que estava plantando uma roseira no jardim de alguém. Fiquei pensando...sonhar com rosas, ainda mais vermelhas, é sinal de amor intenso, de paixão. Mas eu plantei no terreno de outra pessoa, numa casa e num jardim que não eram meus... Esse amor não é pra mim. Essas rosas vão brotar e crescer, ficarão vistosas, mas eu só poderei olhar, de longe. Triste, não? Não... o pior foi ver, no sonho, essa pessoa colhendo as rosas que eu plantei e dando para outra pessoa. Aí, sim!  A cena fictícia doeu tanto que acordei chorando. Tentei convencer minha mente e meu coração de tudo não passou de um sonho.

Eu tenho esses problemas com sonhos. Volta e meia, tenho um sonho esquisito. Sonhos que mais parecem filmes: têm enredo, ação, começo, meio e fim. Às vezes, ou quase sempre, eles se repetem ou continuam na noite seguinte, exatamente de onde pararam. Alguns são muito marcantes, reveladores e instigantes. Posso não discernir o significado deles imediatamente, mas uma hora, em alguma situação, escuto um "click" na minha mente, e a lembrança do sonho volta. Então, tudo faz sentido.

O sonho da roseira faz muito sentido para mim agora. Estou de longe vendo as lindas rosas que plantei nas mãos que não foram as mesmas que as plantaram.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Altar Particular

Meu bem, que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular

Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal

E então, tu "tome tento" com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós

Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós

Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver, como se deve ser

Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo faço melhor do que lhe parecer

Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor

Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O que não faz um tempo livre...

Pois é, de férias, sem namorado e sem nada pra fazer, muito nenos com quem sair, resolvi voltar a desenhar. Estou meio sem prática, mas com tempo e perseverança, creio que vou melhorar.


E agora, dou um doce pra quem adivinhar quem é! Responda à enquete abaixo.[polldaddy poll=4418548]

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Deve ser

Deve ser uma ilha descoberta em mim,
Um sinal de que seria assim:
Começar gostar de ti
Deve ser um princípio de fascinação,
O poder de uma revolução:
Ser tocado por você
Porque foi assim,
Como a primavera para quem dorme do seu lado
Porque foi para mim...
Toda fantasia faz espelho nos seus lábios
Deve ser como de repente o céu se abrir,
Como ver o que eu não percebi:
Começar gostar de ti
Deve ser, ser agraciado e não saber,
Nem imaginava merecer ser amado por você
Porque foi assim...
Porque foi pra mim...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O fim de um sonho

          Imagine essa situação: você está em um lugar lindo, o clima está agradável e tudo parece perfeito. Ao seu lado, o amor da sua vida, aquela pessoa que preenche seu coração e seu mundo, de forma que ao seu lado, nada parece ser capaz de tirar sua alegria. Essa pessoa, aquela com quem você sonhou encontrar desde sempre, segura em sua mão e o conduz para um lugar que você não sabe ao certo qual é, mas vai assim mesmo, simplesmente porque confia que ela lhe deseja o melhor. Você caminha de mãos dadas, mil coisas boas passando pela sua cabeça, planos e planos, sonhos, projetos... mas, de repente, a caminhada pára diante de um porta. Com um olhar enigmático, ao mesmo tempo sereno e firme, seu companheiro de caminhada, então, abre a porta e o faz passar por ela. Sem entender bem o que está acontecendo, o coração batendo forte e descompassado, você passa pela porta e a vê fechando-se atrás de si.

          Parado e absorto diante da porta fechada, você começa a gritar, a chorar e a bater desesperadamente, a espera de uma resposta, com a esperança de que a porta se abra e que esse pesadelo tenha fim. Então, após dias e dias a bater à e na porta, você finalmente resolve virar-se e seguir sua vida. Só, desiludido, perdido em si mesmo, em sua mente, milhões de fatos, palavras e promessas voando e revirando-se num turbilhão. Ao levantar os olhos, vê diante de si uma estrada longa, muito diferente daquela por onde andava outrora. Não há flores, nem pássaros, está chovendo e o céu está totalmente negro. E nesse cenário de dor e desilusão, você dá um passo após outro. O pensamento longe, tentando entender como tudo aconteceu, tentando encontrar um porquê para o que está acontecendo...

          Pronto! Você acorda e se encontra em seu quarto, na sua cama, na segurança da sua casa. Olha pela janela e vê um dia ensolarado surgindo, os pássaros cantam e tudo parece estar no seu devido lugar. Ufa! Que sonho esquisito...

          Ao levantar-se, abre a porta e vê diante de si uma estrada longa. Não vê flores, nem pássaros; uma garoa fina insiste em cair, céu cinza. À beira da estrada, um placa indica: "Inverno do meu ser". E ainda sem se dar conta do que está acontecendo, inicia a caminhada... Na mente, a canção: "A porta fechada me lembra você toda hora... a hora me lembra o tempo que se perdeu... perder, é não ter a bússola..."

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Informatização x Amizade

                    Em tempos onde a diversidade é a temática global, nunca foi tão difícil lidar com ela. Apesar dos avanços tecnológicos e científicos, a dificuldade em relacionar-se com alguém pode ser considerada o mal do século. Questões lógicas: o tempo corrido, a busca por sucesso e realização profissional e pessoal, a informatização de tarefas simples como fazer compras num supermercado... Hoje é possível fazer qualquer coisa sem sair de casa!
                   Tanta mudança comportamental afetou drasticamente as relações pessoais. Se passa algum tempo sem ver alguém, mande um email ou um "torpedo". Converse com as pessoas via webcam ou através de mensagens instantâneas. Mostre-se ao mundo através do Facebook e conte a todos o que está fazendo em tempo real (on line) com algumas poucas palavras no Twitter. A nova geração globalizada e informatizada lida muito bem com um teclado e um monitor, mas revela-se incapaz de manter um relacionamento pessoal, livre e  independente dessas tecnologias. O bom e velho bate-papo... Amizade real, sabe? Mas, caso você seja um desses que desconhecem esse termo, é simples: é um relacionamento entre duas ou mais pessoas (pode-se até utilizar algum tecnologia para facilitar a comunicação...), onde há entrega, cumplicidade, companheirismo, amor... Como é difícil fazer amigos hoje! A sociedade "imediatista" não esperar. E uma amizade demanda tempo para estruturar-se, é como uma plantinha que cresce aos poucos e precisa de cuidados constantes. Não basta plantar numa "mini-fazenda" e esperar uma "colheita feliz" se você não estiver disposto a doar-se. Às vezes, por falta de prática com pessoas reais e não virtuais, um simples abraço é um gesto difícil e trabalhoso. Pessoas não costumam abraçar a tela fria de um computador! Se esse comportamento for transferido para as pessoas reais, que frieza será!
                   O fato, queridos, é que nós perdemos mais tempo conosco do que com o próximo. Estamos muito preocupados com nossa vida e projetos, por isso não temos tempo para ouvir ninguém. Não me tome por uma tecnofóbica ou por alguém que odeia tecnologias em geral. Se assim o fosse, não estaria aqui, certo? Só estou dizendo que são felizes aqueles que mantêm seus amigos de infância, dos tempos de escola, etc. Esse tipo de relacionamento está quase extinto. Particularmente, tenho dificuldades em relacionar-me com as pessoas; acho que preciso do dobro do tempo que uma pessoa "normal" leva para confiar na outra. Mas posso garantir que, quando a casca dura se quebra, a história muda completamente. Basta sentir um solo seguro sob meus pés. Esse tipo de solo chama-se SINCERIDADE. Quando pisamos nele e ali plantamos a flor da amizade, tudo mais é consequência. Quando somos sinceros, primeiramente conosco, não escondemos do outro quem somos, ainda que não gostemos de quem somos. Mas, se um relacionamento é uma via de mão dupla, nos arriscamos a encarar os defeitos do outro também. Ah, mas no meu profile eu posso mudar minha aparência, cobrir umas espinhas, diminuir meu nariz e ensaiar um sorriso de "olha-como-sou-confiável"! Funciona? Talvez, mas nunca por muito tempo. É a convivência que diz quem você é realmente. Ser amigo é mais que estar na lista de alguém num site de relacionamentos. Louvo a Deus pelas amizades que Ele me deu. Sim, porque só por Ele as pessoas me suportam! Poderia citar nomes, mas prefiro citá-los a Deus e pedir que, dia após dia, o Senhor fortaleça os laços de amor e companheirismo entre meus amigos e eu. Amo a todos!
                   Se um dia precisarem de mim, não hesitem em mandar um email, um "torpedinho" ou um recado no Orkut. Mas se quiserem tomar um café, um sorvete, ir ao cinema ou só ficar perto, sem nada especial pra fazer, vou adorar! São pequenos momentos como esses que tornam a vida mais significativa.
Um grande abraço a todos!

Origem dos ditados populares I


 Vai dizer que nunca bateu aquela dúvida do porquê de falarem alguns ditados populares? Leia abaixo as origens de alguns ditados muito falados por aí...


 

ANDA À TOA:

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO:

Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

DA PÁ VIRADA:

A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

NHENHENHÉM:

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

VAI TOMAR BANHO:

Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem “tomar banho”.

A DAR COM O PAU:

O substantivo “pau” figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o “pau de comer” que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM:

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: “Vocês que são pardos, que se entendam”. O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA:

Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio (43 a.C.-18 d.C), autor de célebres livros como A arte de amar e Metamorfoses, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio portugueses e brasileiros.

JURO DE PÉS JUNTOS:

- Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu.
A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, as quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

CASA DE MÃE JOANA

Significado: Onde vale tudo, todo mundo pode entrar, mandar, etc.

Histórico: Esta vem da Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “que tenha uma porta por onde todos entrarão”. O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o
Brasil a expressão vivou “Casa da Mãe Joana”. A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente. 

SEM EIRA NEM BEIRA

O cidadão não tem eira nem beira. Isso quer dizer que o indivíduo está sem dinheiro, desapercebido.
Pois eira, na verdade, tratava-se de um detalhe no acabamento dos telhados de antigamente.

Possuir a eira e a beira era sinal de riqueza e de cultura. Os tempos passaram, no entanto sempre os homens buscam revelar sinais externos de poder e riqueza. É claro que hoje os acabamentos nos telhados não significam muito. Talvez o maior sinal exterior de riqueza seja o automóvel. Se for um importado, está com tudo em cima. Se for uma brasília, bom, aí o cara está sem eira nem beira.

CHEGAR DE MÃOS ABANANDO

Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem. Portanto, chagar de mãos abanando é não carregar nada. Ele chegou de mãos abanando ao aniversário. Significa que não trouxe presente ao pobre aniversariante, que terá de se satisfazer apenas com a presença do amigo.

VÁ SE QUEIXAR AO BISPO

No tempo do Brasil colônia, por causa da necessidade de povoar as novas terras, a fertilidade na mulher era um predicado fundamental. Em função disso, elas eram autorizadas pela igreja a transar antes do casamento, única maneira de o noivo verificar se elas eram realmente férteis. Ocorre que muitos noivinhos fugiam depois do negócio feito. As mulheres iam queixar-se ao bispo, que mandava homens atrás do fujão.

Fontes: Atalibaneto, Cris Dias, Cola da Web

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Origem dos ditados populares II

Continuando...


 TIRAR ÁGUA DO JOELHO
Isso ocorreu na era bíblica, quando um pastor de ovelhas, ao avisar à sua mulher que iria dar uma mijada, na tentativa de poupar os ouvidos castos de sua amada, disse: “Maria, vou tirar água do meio das pernas” e a sua mulher, loira que era, perguntou: ”José, você vai mijar pelo joelho?”

MOTORISTA BARBEIRO:

- Nossa, que cara mais barbeiro!
No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”. Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

 

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:

- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

 

À BEÇA:

- O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

 

DAR COM OS BURROS N’ÁGUA:

A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

 

GUARDAR A SETE CHAVES:

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino.
Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” pra designar algo muito bem guardado.

 

OK:

A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo “OK”.

 

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

 

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:

A história mais aceitável pra explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados pra Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

 

PRA INGLÊS VER:

A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas “pra inglês ver”. Daí surgiu o termo.

 

RASGAR SEDA:

A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.

 

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

Fontes: Atalibaneto, Cris Dias, Cola da Web
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cuantas veces...

¿Cuantas veces pensamos en desistir, dejar de lado, nuestros ideales y nuestros sueños?
¿Cuantas veces nos vamos en retirada, con el corazón triste por la injusticia?
¿Cuantas veces sentimos el peso de la responsabilidad, sin tener con quien compartirla?
¿Cuantas veces sentimos soledad, aunque estemos rodeados de personas?
¿Cuantas veces hablamos, sin que nadie nos note?
¿Cuantas veces luchamos por una causa perdida?
¿Cuantas veces volvemos a casa con la sensación de derrota?
¿Cuantas veces aquella lágrima, cae, justamente en la hora en que necesitamos parecer fuertes?
¿Cuantas veces pedimos a Dios un poco de fuerza, un poco de luz? Y la respuesta llega, sea ella como una flor, una sonrisa, una mirada cómplice, un mensaje, un billete, un gesto de amor. Y la gente insiste; insiste en proseguir, en creer, en transformar, en compartir, en estar, en ser.
Y Dios insiste en bendecirnos, en mostrarnos el camino: aquel mas difícil, mas complicado, mas bonito.
Y la gente insiste en seguir, por que tiene una misión......... SER FELIZ!
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